Miradouro dos Terraços do Carmo
- Ana Calheiros
- 13 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de jun. de 2024

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Miradouro dos Terraços do Carmo
Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura de 2015 (Plano de Pormenor da Recuperação da Zona Sinistrada do Chiado).
panorâmica | abrangência | infraestruturas | acesso | altitude | altura |
◆◆◆◆ | ◆◆◆◆ | ◆◆◆◆ | ◆◆◆ | 34 | -- |
(180 º) | 1) | 2) | público/elevador | em m | em m |
1) pouco elevado, mas com uma localização excepcional
2) com um restaurante e esplanada mas sem muitas infraestruturas exclusivas do miradouro
Inaugurado em 2015, passou a ser um local de referência.Com condições excepcionais não podia estar mais bem localizado e, mais bem rodeado.
O miradouro dos Terraços do Carmo desenvolve-se em três plataformas escalonadas e está situado entre o Convento do Carmo e o Elevador de Santa Justa, inserido na ligação pedonal entre o Convento do Carmo e a Rua Garrett, que devolveu à cidade uma zona anteriormente ocupada por barracões da GNR.
O projecto de autoria dos Arquitecto Siza Vieira e Carlos Castanheira integrou o Plano de Pormenor da Recuperação da Zona Sinistrada do Chiado, criado na sequência da recuperação/reabilitação da área ardida no grande incêndio de 25 de Agosto de 1988 e, foi o vencedor do Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura de 2015.
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Os Terraços do Carmo não estavam previstos no plano inicial a ideia de aproveitar essa área surgiu com o desenvolver do processo de recuperação.
Trabalhos arqueológicos efectuados no contexto desta recuperação, revelaram a ocupação dos terraços como uma zona de jardim no século XIX, que estava já patente no levantamento que Filipe Folque (político, militar e cartógrafo) levou a cabo da cidade de Lisboa entre 1856-1858.
1 - Pormenor do jardim do Século XIX na zona tardoz do Convento do Carmo, no levantamento de Filipe Folque (1856-1858, folha nº43)
2 - Vista das traseiras da Igreja e Convento do Carmo, cerca de 1740, por G. Debrie (Fonte: Arquivo fotográfico de Lisboa)
fonte Helena Isabel Henriques Pinheiro in Arqueologia Urbana em Lisboa: o Convento do Carmo entre os séculos XIV e XIX
Os trabalhos de arqueológica urbana preventiva foram levados a cabo entre 2008 e 2015 pelo Centro de Arqueologia de Lisboa (CML) e a partir de 2013 em parceria com a Neoépica, resultaram num conjunto significativo de achados bem como ajudaram a entender muita da história, pré e pós terramoto, do Convento do Carmo e da envolvência.
Segundo a informação publicada no site da Neoépica:
Foram já identificadas algumas estruturas pré e pós terramoto de 1755, três ossários de grande dimensão e três enterramentos. Foi ainda recolhido um vasto e variado espólio artefactual, entre o qual encontramos cerâmica, metais, vidros, faunas, etc. com cronologias entre os séculos XIV e XX.
1 - Vestígios do jardim do Século XIX: ao centro o lago de planta oval; ao fundo o muro decorado com painel de azulejos (fotografia tirada durante os trabalhos, Setembro de 2013)
2 - Pormenor da conduta associada ao lago (fotografia tirada durante os trabalhos, Outubro de 2013)
3 - Pormenor decorativo da calçada, que assinala o local da Porta travessa aberta em 1591, afectado pela vala de reconstrução da fachada sul (Marques e Bastos, 2013, p.1098)
4 - Exemplos de marcas de canteiro ainda preenchidas com pigmento vermelho, na fachada tardoz do Convento do Carmo (fotografias tiradas durante os trabalhos, Janeiro de 2014)
5 - Vista sobre as estruturas da antiga Capela do Santo Cristo Cativo (Marques e Bastos, 2013, p.1101).
fonte Helena Isabel Henriques Pinheiro in Arqueologia Urbana em Lisboa: o Convento do Carmo entre os séculos XIV e XIX
morada | inauguração | arquitecto | horário/preço | também aqui |
Acesso Largo do Carmo | 2015 | Siza Vieira | 24 h /entrada livre | Topo Chiado |

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para além de restaurante, um espaço com uma programação muito variada desde espectáculos a cinema ao ar livre
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